Endy Bernélope por ela mesma

A modelo Endy Bernélope, de 22 anos, trocou um papo com a equipe do Conversa Lacuna sobre os mais diversos assuntos. Vida pessoal, carreira de modelo, caso Tiffany e os preconceitos sofridos.

A sua carreira de modelo começou por intermédio de um amigo estudante de moda. Bernélope afirma que se encantaram pelo seu estilo, seus pais apoiaram o sonho, apesar de uma outra desavença.

   
Foto por @estudioncfotografia
Quando perguntada sobre sua identificação, ela conta: "Desde pequena havia algo de diferente, as concepções. Sempre gostei de vestir roupa de mulher, tive medo e receio em me identificar. Minha transição foi um pouco sufocante, lenta. Na escola fui vítima de chacota pelo meu 'jeito' feminino. Antes de me identificar como trans, achava que era apenas um gay feminino. Hoje me visto de mulher por personalidade, é uma forma de mostrar quem realmente sou.", afirma Bernélope.
Perguntada sobre a jogadora de vôlei Tiffany, ela opina: "É injusto deixá-la de lado, ela pode fazer o que quiser. A partir do momento que ela se identifica mulher, pode jogar no feminino". Quanto ao enfrentamento, a modelo diz que o aspecto religioso e o desconhecimento prejudicam o debate.

"O coração que influencia a pessoa, nunca se deve prender alguém a pré-determinações. Devemos pautar o debate de gênero, sexualidade nas escolas, nas rodas de conversa."


As relações interpessoais da Endy são descritas de uma maneira forte: "Não encontrei alguém suficiente para mim, encontrei caras babacas. Maturidade vai além das decepções, sexo e paixões. Não me sinto sozinha, tenho amor próprio. Aprendi muito sobre mim mesma, era considerada 'patinho feio', a vaidade foi muito importante para autoconhecimento".


Endy Bernélope termina a conversa contando suas perspectivas, quer se formar em moda ou jornalismo e ter uma vida estabilizada.


Endolly Bernélope como se define na própria bio do Instagram é uma pessoa de opiniões fortes e seguras.


instagram: @endybernelope

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